quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Maluquices 1 Chuck Palahniuk 0

O melhor que eu posso dizer sobre Lullaby é que poderia dar um grande filme. Na verdade poderia dar um filme tão bom como Clube de Combate, porque a história é, realmente, bastante criativa. O senhor até tem jeito para imaginar estórias e personagens bastante alucinadas, bem como para fazer o respectivo enquadramento das mesmas em cenários absolutamente inimagináveis. Consegue até fazer reflexões bastante interessantes, mas em termos literários deixa um bocado a desejar. As personagens são interessantes mas descrevê-las por tópicos numa lista estilo “carta ao pai natal” não torna a coisa muito boa de se ler (ex. Os detalhes sobre fulano são: cabelo a, olhos b, camisa c...), please! Eu até percebo as repetições de algumas ideias ao longo da estória, mas recorrer constantemente ao mesmo tipo de comparações/metáforas para descrever a cor do vestido da personagem principal... enfim, Palahniuk é definitivamente uma experiência a não repetir... a não ser talvez em adaptação cinematográfica!
Mas é preciso fazer uma ressalva, nem tudo é culpa do autor, o trabalho de tradução feito pela Srª D. Maria Dulce Guimarães da Costa também não é dos melhores – não tanto a má tradução mas o mau português, não ajudam a gostar do livro.
Mas sigo para outra aventura que aparenta ser muito mais interessante – A gente de July, da premiada Nadine Gordimer cujo início promete.

Lullaby – Canção de Embalar, Chuck Palahniuk, Editorial Notícias, 2004, 240pp.

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